Texto de: Ariovaldo Ramos.
Parece,
mas não é!
Há
textos estranhos nas escrituras sagradas.
Que
pairam sobre nós, qual espada de Dâmocles, como um desafio e uma advertência.
Conclamam-nos
à sabedoria e à admissão de nossa incompetência como juízes.
Os
textos abaixo, por exemplo, poderiam ser classificados de: parece, mas não é!
1Co
3.15 “Se a obra de alguém se queimar, sofrerá ele prejuízo; mas o tal será
salvo, todavia, como que pelo fogo.”
Aqui
o foco é o ministério, não a pessoa.
Paulo
fala de um ministro que parece ser joio, mas não é.
Fala
de ministros que edificam, ainda que sobre o fundamento certo, com madeira,
palha e feno, elementos que o fogo da história facilmente destrói.
Madeira,
palha e feno são os elementos fornecidos pela sabedoria humana, vs. 19 e 20. É
ensino que gera divisão, perda da consciência de corpo e da natureza da fé.
O
ensino vira corrente filosófica e o dogma ideologia.
Ou
leva a Igreja da fé para as obras, da graça para o mérito, da devoção para a
mágica, de Deus para o ser humano, transformando este em semideus.
O
ministro é um falso mestre, mas será salvo.
O
ensino dele será condenado, mas ele não.
Gente
que será salva, mas não vive como discípulo.
A
gente deve reprovar os seus ensinos, mas não deve fazer considerações sobre a
sua salvação.
Hb
6.4-8 “Porque é impossível que os que, uma vez, foram iluminados, e provaram o
dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa
palavra de Deus, e os poderes do mundo vindouro, e depois caíram, sejam outra
vez renovados para arrependimento; visto que, quanto a eles, estão crucificando
de novo o Filho de Deus, e o expondo ao vitupério. Pois a terra que embebe a
chuva, que cai muitas vezes sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles
por quem é lavrada, recebe a bênção da parte de Deus; mas se produz espinhos e
abrolhos, é rejeitada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada.”
Nesse
texto, o foco é a pessoa e não o ministério.
O
escritor fala de uma pessoa que parecia ser discípulo, mas não era.
Tudo
parecia bem com ela, mas um dia ela caiu.
Cair
não é um problema insolúvel, porém, essa pessoa não encontrou o caminho do
arrependimento.
E
isso aparece nos frutos que ela passou a produzir.
Tal
como uma terra, que apesar de ser regada e lavrada muitas vezes, apenas
consegue produzir espinhos e abrolhos. O seu fim é a rejeição!
Portanto,
a questão aqui, não é a queda, em si, mas no que a pessoa, que caiu, se tornou.
Seus
frutos indicam que o caminho do arrependimento não foi abraçado. Ela tornou-se
agente do mal.
A
gente não tem autoridade para emitir qualquer juízo, mas não custa nada
discernir e ficar esperto!
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