Parte
do poema de Aleksandr Púchkin (1823)
"Eu
semeador, deserto afora,
da
liberdade, fui com mão
pura
lançar, antes que a aurora
nascesse,
o grão que revigora
nos
sulcos vis da escravidão.
Mas
todo o esforço foi em vão:
joguei
vontade e tempo fora.
Pasce,
pois eu te repudio,
ralé
submissa e surda ao brio.
Libertar
gado é faina ingrata,
pois
gado se tosquia e mata.
Herda,
por gerações a fio,
canga,
chocalhos e chibata."