Por: Felipe d'Oliveira
Quero
aprender a amar quando o sol raiar pela manhã,
quando
a brisa soprar no fim da tarde,
quando
a lua saltar no início da noite,
quando
a estrela brilhar e já for tarde.
Quero
aprender a amar na solidão,
quando
lá não tiver mão a apoiar,
quando
lá não houver voz a sussurrar,
quando
ninguém por lá ficar.
Quero
aprender amar quando divergir a ideia,
quando
não houver plateia,
quando
o consenso se nega,
quando
a mão congela.
Quero
aprender a amar quando a raiva exala,
quando
o choro não para,
quando
a boca se cala,
quando
a dor não sara.
Quero
aprender a amar quando a riqueza se esconde,
quando
o risco aparece,
quando
o abraço enobrece,
quando
o riso empobrece.
Quero
aprender a amar quando a tristeza aflora,
quando
a criança chora,
quando
a flor desabrocha,
quando
a lucidez for embora.
Quero
aprender a amar a criação,
quando
as folhar caem no chão,
quando
me encho de paixão,
quando
o humano não tem perdão.