quarta-feira, 27 de outubro de 2010
José! E agora?
Reflexão de: Pr. Ariovaldo Ramos
Drummond escreveu o poema: E agora José: Onde ele denuncia um José sem saída!
Quando olho para a TV, as notícias que tem, e as que não se deixa ter.
Quando vejo as imagens que, nessa história, se produz, e quando me recuso a vê-las.
Quando vejo os políticos e os líderes que não sabem nada de
Canaã, mas amam estar à frente.
Quando vejo que eles apelam a nós, mas não é por nós que lá estão, embora jurem que sim.
Quando vejo os cristãos tentando salvar o cristianismo de seus líderes e de seus institutos.
Quando vejo a maldade em cristãos.
Quando vejo o lucro subjugando os ideais, seja pela compra ou pela distorção.
Quando vejo o que o "progresso" fez ao Planeta.
Quando vejo os ateus se organizando para preparar o mundo para o valor do nada!
Quando os vejo chamar a isso de evolução.
Quando vejo religiosos sonhando com mulheres de burca e com mãos cortadas.
Quando os vejo chamarem a isso de misericórdia.
Quando ouço o grito dos soterrados, o lamento dos encharcados, o gemido dos famintos.
Quando vejo que o mundo não para, tudo continua igual, como se nada houvesse que exigisse arrependimento.
Quando vejo que, por mais que haja socorro, de fato, a justiça passa ao largo.
Quando vejo que o socorro não conserta.
Quando vejo a sociedade civil sendo subvertida, que, não importa quantas eleições haja, o mundo tem dono.
Me dá um nó na garganta, uma vontade de declamar Drummond e de me deixar ser esborrachado pela pedra no meio do caminho.
Então, olho pra cima... Pressinto a volta de alguém... É mais que profecia.
E volto para a estrada, porque é preciso continuar.
E, a cada imagem dantesca que essa nossa história joga na minha cara, eu olho para cima...
E prossigo... José.
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Para reflexão...
Texto da Bíblia Sagrada.
'Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará. Direi do SENHOR: Ele é o meu Deus, o meu refúgio, a minha fortaleza, e nele confiarei. Ainda que as águas rujam e se perturbem, ainda que os montes se abalem pela sua braveza. Ele te cobrirá com as suas penas, e debaixo das suas asas te confiarás; a sua verdade será o teu escudo e broquel. Há um rio cujas correntes alegram a cidade de Deus, o santuário das moradas do Altíssimo. Deus está no meio dela; não se abalará. Deus a ajudará, já ao romper da manhã. Porque tu, ó SENHOR, és o meu refúgio. No Altíssimo fizeste a tua habitação. Vinde, contemplai as obras do SENHOR; que desolações tem feito na terra! Ele faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo. Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra. Porquanto tão encarecidamente me amou, também eu o livrarei; pô-lo-ei em retiro alto, porque conheceu o meu nome. Ele me invocará, e eu lhe responderei; estarei com ele na angústia; dela o retirarei, e o glorificarei. Aquietai-vos, e sabei que eu sou Deus; serei exaltado entre os gentios; serei exaltado sobre a terra. Fartá-lo-ei com longura de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.'
Mescla: Salmos 46 e 91
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
O Perdão
Pastorial de: Pr. Ariovaldo Ramos
A paixão de Cristo foi a demonstração, na história, limitada pelas dimensões da história, do que aconteceu, por necessidade, antes da história.
A paixão de Cristo foi a demonstração, na história, limitada pelas dimensões da história, do que aconteceu, por necessidade, antes da história.
A paixão de Cristo demonstra, limitada pela história, o castigo que a Justiça impôs a Deus, a comunidade eterna, por decidir perdoar o transgressor.
Custou muito mais caro do que na história se pôde demonstrar.
A paixão de Cristo fala do custo do perdão.
Nenhuma das criaturas perdoadas tem o direito de não perdoar.
Todo perdão que é proferido está incluso na conta que Cristo pagou e que sua paixão demonstrou. Porque tudo o que necessita de perdão é suficiente para que a existência sofra solução de continuidade, porque fere a Justiça.
Justiça não é um "deus", é uma demanda ética da qual o Deus triúno, por força do seu caráter, não pode se furtar.
Sem a paixão de Cristo nenhum perdão poderia ser proferido.
Por causa do demonstrado pela paixão de Cristo nenhum perdão pode deixar de ser proferido.
Não é mais a justiça que norteia o relacionamento entre as criaturas que foram perdoadas.
Nem é mais a justiça que norteia o relacionamento entre Deus e as criaturas que perdoou.
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