terça-feira, 27 de julho de 2010
O Ladrão na Cruz
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Igreja
Onde há equilíbrio, de modo que quem colheu demais não esteja acumulando e quem colheu de menos não esteja passando necessidades.
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Contar com Cristo e começar de novo
Tecto do: Pr. Ariovaldo Ramos "Convidou-o um dos fariseus para que fosse jantar com ele. Jesus, entrando na casa do fariseu, tomou lugar à mesa (Lc 7.37-48 ). E eis que uma mulher da cidade, pecadora, sabendo que ele estava à mesa na casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com ungüento; e, estando por detrás, aos seus pés, chorando, regava-os com suas lágrimas e os enxugava com os próprios cabelos; e beijava-lhe os pés e os ungia com o ungüento. Ao ver isto, o fariseu que o convidara disse consigo mesmo: Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, porque é pecadora. Dirigiu-se Jesus ao fariseu e lhe disse: Simão, uma coisa tenho a dizer-te. Ele respondeu: Dize-a, Mestre. Certo credor tinha dois devedores: um lhe devia quinhentos denários, e o outro, cinqüenta. Não tendo nenhum dos dois com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Qual deles, portanto, o amará mais? Respondeu-lhe Simão: Suponho que aquele a quem mais perdoou. Replicou-lhe: Julgaste bem. E, voltando-se para a mulher, disse a Simão: Vês esta mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; esta, porém, regou os meus pés com lágrimas e os enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo; ela, entretanto, desde que entrei não cessa de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo, mas esta, com bálsamo, ungiu os meus pés. Por isso, te digo: perdoados lhe são os seus muitos pecados, porque ela muito amou; mas aquele a quem pouco se perdoa, pouco ama. Então, disse à mulher: Perdoados são os teus pecados. A mulher foi a Cristo para pedir-lhe perdão. Foi contundente em sua declaração de arrependimento; parece que viu em Cristo uma possibilidade de começar de novo. Você já pensou nisso: começar de novo? Não seria maravilhoso? Essa é uma das coisas que mais me admira no relacionamento com Jesus, a possibilidade de recomeçar a vida. Nem sempre significa mudança das circunstâncias externas, porém, sempre significa mudança das circunstâncias internas. O mundo à volta da gente pode não mudar um milímetro, mas, a gente muda quilômetros. Ele nos limpa! O mundo pode continuar em crise, mas, a crise não continua mais na gente. O mar pode continuar bravio, porém, a gente passa a andar por sobre o mar. A vida da gente fica mais importante que a crise e a gente tira a crise de "letra". Do que será que aquela moça estava pedindo perdão? A reação de Simão parece indicar que a menina não gozava de boa reputação. Você, se estivesse no lugar dela, do que pediria perdão a Jesus Cristo? Eu gostaria de sugerir que você pedisse perdão ao Senhor pelo mesmo motivo que ela. Não precisa se ofender! Eu penso que a moça, com aquele gesto estava dizendo a Jesus: "Olha o que eu deixei que a vida fizesse de mim e comigo. Me perdoa, me dá um novo começo." É assim mesmo: a gente vai vivendo displicentemente e, sem se dar conta de nossa maldade inata, que, muitas vezes, manifesta-se de maneira sutil, vai deixando a roda da vida nos esmagar. Um dia, a gente se levanta sem coragem de olhar-se no espelho: não nos agüentamos mais, temos vergonha daquilo que nos tornamos – subestimamos nossa fragilidade frente ao mal, assim como, nossa tendência para o mesmo. A gente acumula preconceitos, teimosias, raivas, manias, mágoas, soberba, amargura, baixa auto-estima, orgulhos, vaidades, mentiras, frustrações, desesperanças, enganos, remorsos, depressões, vícios, inimizades e tantas outras manifestações da maldade... E agora? Ora, faça como a moça! Vá a Jesus Cristo; Ele tem perdão para oferecer: perdão que esquece e que instaura a vida, que desperta amor, que gera um novo começo. Aproveite, Deus está numa campanha de fazer surgir no ser humano o amor que nasce do perdão recebido – é tempo da graça. Ah! Você não tem essa crise? É só uma questão de tempo ou de consciência. Aliás, espero que aconteça antes que seja tarde demais, porque a campanha tem tempo limitado.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Qual é o tamanho do seu Deus?
Pastorial de: Rev. Hernandes dias Lopes
Há um só Deus vivo e verdadeiro. Os deuses dos povos são ídolos vãos, criados pela imaginação humana ou forjados pelo engano do diabo. Quem é o seu Deus? Qual é o tamanho do seu Deus? Davi, no Salmo 139, fala sobre três atributos exclusivos de Deus que revelam-nos sua majestade.
1. Deus é onipotente (Sl 139:13-18) – Deus criou não apenas o universo, os céus e a terra, mas Deus também nos fez de forma assombrosamente maravilhosa. Deus trouxe à luz o que não existia. Do nada ele fez todas as coisas. Ele é a causa não causa de todas as coisas. Ele existe antes de todas as coisas e tudo veio a existir por sua vontade e decreto. Deus nos moldou no ventre da nossa mãe. Ele fez cada célula do nosso corpo. Ele colocou em nós todos os códigos genéticos. Segundo Dr. Marshall Nirenberg, prêmio Nobel de Biologia, temos em nosso corpo 60 trilhões de células vivas. Em cada célula há um metro e setenta centímetros de fita DNA, onde estão gravados e computadorizados todos os nossos dados genéticos. Se esticarmos a fita DNA do nosso corpo, teríamos 102 trilhões de metros de fita, ou seja, 102 bilhões de quilômetros. Poderíamos empacotar na cabeça de um alfinete todos os dados genéticos dos mais de 6 bilhões de habitantes do planeta. Códigos de vida não se originam do ocaso nem de uma explosão cósmica. A evolução é uma teoria improvável, impossível, incongruente. Permanece o fato irretorquível, irrefutável, absoluto de que Deus é o criador de todas as coisas. Ele é, portanto, onipotente!
2. Deus é onisciente (Sl 139:1-6) – Deus criou e conhece todas as coisas. Nada lhe é oculto. Ele conhece cada estrela do universo e chama cada uma pelo nome; ele conhece cada célula do nosso corpo cada fio de cabelo da nossa cabeça. Ele nos sonda e nos conhece. Ele penetra os nossos pensamentos e esquadrinha o nosso andar e o nosso deitar. Ele conhece todos os nossos caminhos. Ele conhece nossas palavras mesmo antes que elas cheguem à nossa língua. Deus nos cerca por trás e por diante. Ele sabe tudo, vê tudo, a tudo e a todos sonda exaustivamente. Nada escapa ao seu conhecimento. Ninguém pode burlar Deus, apanhá-lo de surpresa. Ele conhece o passado, o presente e o futuro no seu eterno agora. Para ele, mil anos são como um dia e um dia como mil anos.
3. Deus é onipresente (Sl 139:7-12) – Deus é inescapável. Jamais podemos nos esconder dele. Não podemos nos ausentar do Espírito de Deus. Se subirmos ao céu, lá ele estará. Se descermos ao mais profundo abismo, também, lá ele estará. Se tomarmos as asas da alvorada e viajarmos para além dos mares, ainda lá nos haverá de guiar a sua mão. Se tentarmos nos esconder sob o manto das trevas, mesmo assim, não conseguiremos, pois para Deus a luz e as trevas são a mesma cousa. Deus está em toda parte. Não há nenhum canto do universo onde o homem possa esconder-se de Deus. Ele é como a sombra à nossa direita. Ele não dorme nem precisa descansar. Seus olhos sempre estão atentos e toda a criação depende dele, pois ele vela por todos, em toda parte.
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Para quem sai andando e chorando...
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Deus Sabia...
Por: Pr. Ariovaldo Ramos
Deus sabia que o ser humano iria cair. Por que, então, o criou? Era uma vez quando nada tinha se passado e nem se passaria porque era a eternidade, e a eternidade é sempre e sempre é. O Deus eterno decidiu criar e tudo se fez da melhor maneira que podia se fazer. E o tempo começou.
Como falar da eternidade? Deus criou-nos, apesar de saber de nossa escolha porque não há outro jeito de criar um ser livre. Deus criou uma raça que iria escolher contra Ele porque o seu amor não pode ser atingido pela frustração. Deus criou porque assumiu sofrer o ônus cobrado pela justiça.
A justiça cobrou o sacrifício de Deus. Foi aqui, no sacrifício, que a história começou. Começou a história, cujo início é fruto da convulsão na eternidade. Deus teve, por decisão própria, de se sacrificar!
A paz da eternidade foi quebrada na criação e restaurada no sacrifício. O que, na Eternidade, é imperceptível, Essa dimensão da história, em que vivemos, nasce no sacrifício porque sem ele nada do que foi feito se fez.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
A Morte
Por: Russel Shedd Russel Shedd escreve sobre impactos que a vida causa
"Nada é tão seguro como a morte, e nada é tão inseguro como a hora da morte", disse o famoso Agostinho. Ainda que não tenhamos muito prazer em contemplar essa hora desconhecida, todos nós devemos aproveitar o ensejo de meditar sobre nossa partida. Para muitos a hora da morte inspira temores acima de qualquer confronto com poderes invisíveis, ou a experiência de entrar na presença de um rei ou imperador. Diante da morte, passam pela cabeça, como relâmpago, os deslizes e tropeços da vida, os erros e pecados não confessados ou perdoados. Invade a mente, antes de a chama apagar, um pressentimento de assombro, de juízo e de pavor. "Tudo é escuro e incerto", afirmou o historiador e escritor Edward Gibbon. Francis Spira, advogado italiano de renome, foi persuadido a aceitar as doutrinas da Reforma. Pregou o Evangelho com convicção e poder no estilo de Savanarola, de maneira que houve possibilidade de a Itália aderir ao movimento evangélico que sacudia e transformava o norte da Europa. Mas o poder da Igreja foi tal que os representantes do papa o prenderam e o ameaçaram de morte, a não ser que se retratasse. O papel na sua frente demandava apenas uma assinatura para ele ser livre, enquanto o Espírito Santo lutava em sua alma dizendo: "Não assine!" Porém Spira afixou sua assinatura naquela folha. Salvou a vida terrena por poucos anos, mas perdeu sua alma. Na hora da morte disse: "Meu pecado é maior do que a misericórdia de Deus. Eu neguei a Cristo, voluntariamente. Sinto que Ele não me reserva nenhuma esperança" (Imortalidade, p. 252). Uma das verdades mais importantes na Bíblia é o modo que a vida neste mundo impacta a vida no mundo vindouro. A parábola dos talentos transmite uma mensagem inegável. Os privilégios que ganhamos agora serão cobrados no encontro com Deus. O servo que recebeu cinco talentos ganhou mais cinco. Na volta do seu senhor, ele ouviu palavras dóceis: "Muito bem, servo bom e fiel! Você foi fiel no pouco, eu o porei sobre o muito, venha e participe da alegria do seu senhor" (Mateus 25:21 – NVI). Observou Johann Tauler (1300–1361): "Tudo o que negligenciamos aqui será perdido para toda a eternidade... Por isso, todo homem deve freqüentemente sondar seu próprio coração e procurar diligentemente até descobrir a quem ele pertence, o que ele mais ama e em que mais pensa, se seria de Deus ou de si mesmo, ou coisas criadas, mortas ou vivas... Aquele que indaga essas realidades com real cuidado, seguramente, saberá à qual ele pertence; não será apenas uma suposição" (A diary of readings, Editora J. Baillie). Para os que fielmente andaram nos passos do seu Deus, a morte perdeu seu terror. Paulo chegou a questionar o que é que preferiria – sobreviver ou morrer. Disse: "Estou pressionado dos dois lados; desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor" (Filipenses 1:23 – NVI).
John Wesley, incansável pregador do século 18 e fundador da denominação Metodista, ergueu seus braços enfraquecidos num gesto de vitória, e elevando a voz debilitada em santo e indizível triunfo, gritou; "O melhor de tudo é que Deus está conosco" (Imortalidade, p. 253). John Bunyan, autor do Peregrino, declarou, "Ainda nos encontraremos para sempre, para cantar a nova canção e estarmos felizes eternamente num mundo sem fim. Tome-me, pois estou indo para Ti" (Imortalidade, p. 256).
Conclusão
Ainda que seja impossível descrever como sentiremos nesses últimos instantes em que nosso cérebro parará de funcionar, acredito que seria válido escutar as vozes dos que surgem das sombras da morte. A morte de um ateu, como o conhecido francês Voltaire, tem uma mensagem sombria para nós refletirmos antes do momento de partir. "Foi abandonado por Deus e pelos homens", e então disse: "Doutor, dar-te-ei metade do que possuo se me deres mais seis meses de vida". O médico respondeu: "Senhor, não podes viver nem seis semanas". Voltaire respondeu: "Então vou para o inferno", e logo depois expirou.
O temor é o princípio da sabedoria. Uma reflexão sadia sobre como será a última hora de sua vida na terra poderá ser um sábio exercício de inteligência preventiva. Graças à bondade de Deus, os que se entregam a Ele pela fé, recebendo sua oferta de perdão em Cristo, morrem com esperança e paz.
Russell Shedd é PhD em Teologia do Novo Testamento e doutor em Divindade.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Sobre Deus
Um Texto de: Pr. Ricardo Gondim
Não sei explicar as razões de minha fé. Não sei dizer os porquês de minha devoção. Sinto-me inadequado para convencer os indiferentes. Como fazer que desejem o mesmo sal que tempera o meu viver? Limitado, reconheço que tudo o que sei sobre o Divino é provisório. Não tenho como negar, minhas convicções vacilam. As certezas que me comovem são, decididamente, vagas.
Sei tão somente que Ele se tornou a minha meta, o meu norte, a minha nostalgia, o meu horizonte, o meu atracadouro. Empenhei o futuro para seguir os seus passos invisíveis. No dia em que o chamei de Senhor, a extensão do meu meridiano se alongou e os fragmentos de meu mapa existencial se encaixaram. Ao seu lado, caíram os tapumes da minha estrada e o ponteiro da minha bússola se imantou.
Sei tão somente que Ele se fez residente no campus dos meus pensamentos. Presente nos vôos da minha imaginação, transformou-se no mais doce ponto de minhas interrogações. Causa de toda inquietação, tornou-se a fonte de minha clarividência.
Sei tão somente que Ele se desfraldou como flâmula sobre meus ombros. Por amar tanto e tão formidavelmente, cilício, purgações, sacrifícios, tudo foi substituído por desassombro. No porão da tortura, nos suplícios culposos, achei um ambulatório, o seu regaço.
Livros contábeis, que registravam meus erros, foram rasgados. Encaro a eternidade com a sensação de que as sentenças estão suspensas. Já não fujo dEle como de um Átila. Eu o chamo de Clemente.
Sei tão somente que Ele ardeu o delicado filamento que acendeu a luz dos meus olhos. Ele foi o mourão que marcou o outeiro de minha alma; sou um jardim fechado. Ele é o badalo que dobra o sino do meu coração e o alforje onde guardo acertos e desacertos do meu destino.
Sei tão somente que Ele me fascina com a sua luz refratada em muitos matizes. Dele vem o encarnado que tinge a minha face com o rubor do sol. Seu amarelo me brinda com o açafrão do mistério transcendental. Vejo um roxo que me colore de púrpura real. Seu branco é lunar e me prateia. Seu preto me imprime de um nanquim celeste. Por sua causa, a minha alma espelha o azul dos oceanos virgens.
O que dizer de Deus? Tão pouco! Calado, só espero que o meu espanto celebre o tamanho da minha reverência.